De acordo com a estatal, a previsão é de concluir em julho essa etapa, cujos trabalhos já têm licenciamento do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Da Redação
Rio de Janeiro - A Petrobras anunciou o início do que considera uma das fases mais complexas da construção do gasoduto Urucu-Manaus: o lançamento e travessia de dutos no Rio Negro, para o trecho que ligará a capital amazonense ao município de Iranduba.
De acordo com a estatal, a previsão é de concluir em julho essa etapa, cujos trabalhos já têm licenciamento do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e serão executados sob orientação da Capitania dos Portos de Manaus, com aprovação da Marinha.
O gerente de Projetos e Suprimentos do gasoduto, Júlio Almeida, explicou, segunda-feira, 21, que esta travessia envolve dez quilômetros da linha principal do gasoduto: “Os tubos de 12 metros de comprimento e 20 polegadas de espessura serão embarcados na balsa, processo que compreende sete etapas, aí incluídas as de acoplamento e soldagem. Depois, os tubos serão revestidos com polietileno”.
Os trabalhos serão executados em dois trechos: o primeiro ligará a Ilha do Marapatá à refinaria Isaac Sabbá, em Manaus, e o outro partirá da Olaria Rio Negro (a três quilômetros do Porto de Cacau Pirêra, na ilha) para a Usina Termelétrica de Aparecida.
As obras de construção do gasoduto Coari-Manaus estão dentro do cronograma e devem ficar prontas conforme o previsto, em abril de 2008. O investimento total previsto é de R$ 2,4 bilhões e a obra compreende cerca de 670 quilômetros de extensão total.
O gás natural substituirá o diesel e o óleo combustível usados atualmente na produção de grande parte da energia elétrica consumida no estado: na primeira fase de operação, o gasoduto transportará 4,7 milhões de metros cúbicos por dia.
Após a conclusão da obra o gasoduto ainda passará por um processo de condicionamento e operação assistida, e a perspectiva de chegada do gás a Manaus dependerá principalmente das condições de adaptação a serem feitas pela Eletronorte e pelas térmicas que operam na região.
Dados divulgados pela Petrobras indicam que a substituição do óleo combustível e do diesel nas termoelétricas pelo gás natural de Urucu proporcionará uma economia anual de R$ 1,2 bilhão, “não só aos cidadãos do Amazonas, mas também a todos os brasileiros - já que os usuários de energia elétrica de todo o país subsidiam, por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), o consumo de energia elétrica daquela região”.(LL/AF)
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