Cláudia do Valle
Da equipe de A CRÍTICA
Se depender da velocidade do mercado de telecomunicações e da expectativa dos clientes, em menos de seis meses, segundo analistas, as operadoras Vivo, Tim, Oi e Claro (a estrear no Amazonas) estarão na terceira geração da telefonia móvel (3G), com tecnologia, redes e serviços novos para quem espera fazer mais do que ligações de um celular na Região Norte.
Na última semana, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) licitou as novas faixas para implantação da terceira era, na qual usuários de todo o Brasil terão acesso a maior velocidade no tráfego de dados pelo telefone e serviços de banda larga móvel, como TV de alta qualidade, jogos tridimensionais e downloads de músicas completas quase 20 vezes mais rápido do que o atual. Entre as novidades estão ainda os serviços de localização, videochamada, com transmissão de áudio e imagem, e jogos multiplayer em tempo real.
O Amazonas terá a cobertura das quatro operadoras, que ganharam o lote que cobre a Grande São Paulo, Amapá, Pará, Maranhão e Roraima. Para especialistas do mercado, haverá maior concorrência entre as empresas para estruturar melhor suas redes e oferecer uma gama mais ampla de produtos e pacotes de transmissão de dados mais velozes, aliando grandes volumes de informações a custos acessíveis. Hoje, mais de 260 operadoras no mundo já fazem uso do 3G.
O analista de sistema Marcelo Coutinho, 32, reforça o coro daqueles que esperam a tecnologia no primeiro semestre de 2008 em Manaus. "A maior vantagem da terceira geração é a velocidade, que aumenta o número de ferramentas de comunicação e aplicativos de qualidade", fala o líder de projetos da Fucapi.
Mas ao lado de tanta tecnologia vem o valor agregado: "Os aparelhos disponíveis para a terceira geração não saem por menos de R$ 1 mil. A concorrência vai ajudar a baixar os preços, assim como aumentará a migração entre as operadoras na busca de serviços", acredita Coutinho.
Em dois anos, todas as capitais dos Estados, o Distrito Federal e as cidades com mais de 500 mil habitantes terão cobertura total (80% da área urbana) para serviços de banda sem fio. A cobertura será estendida nos próximos oito anos para mais de 3,8 mil municípios brasileiros, atingindo milhões de clientes. Até setembro, a Anatel registrou 112,75 milhões de pessoas assinantes de telefonia celular no Brasil.