As distribuidoras de energia elétrica já podem usar sua rede para transmitir internet banda larga. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a regulamentação do PLC (Power Line Communications), nesta terça-feira (25), que também permite fornecer sinal de TV por assinatura direto da tomada de sua casa.
Saiba mais sobre internet via rede elétricaA Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) já havia
homologado em abril a tecnologia que permite o tráfego de voz, dados e imagens. Conhecida como PLC, a nova forma de acesso à web já existe há cerca de dez anos e é vendida na Europa a links de 4,5 Mbps -que devem chegar a 14 Mbps até o final do ano.
No Brasil, o uso começou no Paraná, na fornecedora de energia elétrica local, no final da década passada. Desde então, foi desenvolvida uma tecnologia compatível com o sistema elétrico brasileiro, que foi testado nos últimos dois anos, até ser homologado.
A principal
vantagem dessa tecnologia, segundo os especialistas, é que fornecerá acesso à web pela tomada -assim aproveita uma estrutura já existente para chegar a regiões onde outras alternativas de acesso rápido ainda não estão disponíveis. Com o PLC, a tomada elétrica vira o ponto principal de comunicação da residência ou da empresa. Mas, na prática, o que muda para o usuário?
Segundo o engenheiro eletrônico Almir Meira, professor da FIAP e Faculdade Módulo, para ter acesso à tecnologia, o usuário deverá contratar o serviço da operadora credenciada para comercializá-lo e adquirir um modem compatível com a tomada elétrica.
Os preços e velocidade do acesso à internet via rede elétrica ainda não estão definidos, mas acredita-se que a conexão será mais barata do que a banda larga. Testes já realizados no país mostram que a conexão pode chegar a 21 (Mbps) megabits por segundo, mas essa velocidade não será, necessariamente, repassada em sua totalidade para os clientes.
A Anatel ressalta que a conta de energia continuará separada porque se trata da mesma estrutura, mas usada para fins diferentes.