ACrítica - Edição No. 2271 de 28/4/2008
Aristide Furtado
Especial para A CRÍTICA
Os três consórcios responsáveis pela construção do gasoduto Coari-Manaus terão que explicar à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/Am) - antiga Delegacia Regional do Trabalo (DRT) - porque o número de empregos gerados pela obra em seis dos oito municípios por onde passam os dutos não aparecem no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A fiscalização aos grupos empresariais OAS/Etesco, Andrade Gutierrez/Carioca e Camargo Corrêa/Skanka foi determinada pelo superintendente da SRTE/Am, Dermilson Chagas, depois que ele tomou conhecimento da mão-de-obra empregada no gasoduto.
Os números foram divulgados por A CRÍTICA na quarta-feira em matéria que tratava do repasse de R$ 29 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS) pela Petrobrás aos municípios da área de influência do gasoduto.
De acordo com a tabela fornecida pela Petrobrás, em novembro de 2007, havia 8.420 pessoas trabalhando na obra. Dermilson Chagas confrontou os dados com os registros do Caged e constatou que os número não batem. No cadastro são inscritos todos os empregados com carteira do trabalho assinada.
“Cadê os empregos gerados. Cadê a diferença que não foi informada ao Caged. Vamos em busca dos empregos que deixaram de ser registrados. Vamos chamar essas empresas aqui para mostrar essa discrepância. Alguém está brincando de esconde-esconde. Alguém está enganando a sociedade e o Governo”, afirmou Dermilson.
Ele acentua que, em Manacapuru, a diferença é gritante. O município teve no mesmo período 589 contratações e 574 demissões, restando em novembro 15 empregos com registro em carteira. Nesse mês havia 1.174 trabalhadores atuando no gasoduto. Mil cento e cinquenta e nove delas não constam no Caged.
Segundo Dermilson Chagas, cabe as empresas registrar os empregos no escritório local do Ministério do Trabalho. “Em Anamã, pelos registros do ministério, ninguém foi contratado”, destaca o superintendente referindo ao Caged, no qual não consta empregos registrados no período. Pelas contas da Petrobrás, as obras do gasoduto empregavam 86 trabalhadores do município na mesma época.
Aristide Furtado
Especial para A CRÍTICA
Os três consórcios responsáveis pela construção do gasoduto Coari-Manaus terão que explicar à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas (SRTE/Am) - antiga Delegacia Regional do Trabalo (DRT) - porque o número de empregos gerados pela obra em seis dos oito municípios por onde passam os dutos não aparecem no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A fiscalização aos grupos empresariais OAS/Etesco, Andrade Gutierrez/Carioca e Camargo Corrêa/Skanka foi determinada pelo superintendente da SRTE/Am, Dermilson Chagas, depois que ele tomou conhecimento da mão-de-obra empregada no gasoduto.
Os números foram divulgados por A CRÍTICA na quarta-feira em matéria que tratava do repasse de R$ 29 milhões de Imposto Sobre Serviços (ISS) pela Petrobrás aos municípios da área de influência do gasoduto.
De acordo com a tabela fornecida pela Petrobrás, em novembro de 2007, havia 8.420 pessoas trabalhando na obra. Dermilson Chagas confrontou os dados com os registros do Caged e constatou que os número não batem. No cadastro são inscritos todos os empregados com carteira do trabalho assinada.
“Cadê os empregos gerados. Cadê a diferença que não foi informada ao Caged. Vamos em busca dos empregos que deixaram de ser registrados. Vamos chamar essas empresas aqui para mostrar essa discrepância. Alguém está brincando de esconde-esconde. Alguém está enganando a sociedade e o Governo”, afirmou Dermilson.
Ele acentua que, em Manacapuru, a diferença é gritante. O município teve no mesmo período 589 contratações e 574 demissões, restando em novembro 15 empregos com registro em carteira. Nesse mês havia 1.174 trabalhadores atuando no gasoduto. Mil cento e cinquenta e nove delas não constam no Caged.
Segundo Dermilson Chagas, cabe as empresas registrar os empregos no escritório local do Ministério do Trabalho. “Em Anamã, pelos registros do ministério, ninguém foi contratado”, destaca o superintendente referindo ao Caged, no qual não consta empregos registrados no período. Pelas contas da Petrobrás, as obras do gasoduto empregavam 86 trabalhadores do município na mesma época.