O petróleo parece mesmo ser a nova fronteira econômica do Brasil. Depois da descoberta da província petrolífera do pré-sal, no litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o governo federal parece ter perdido qualquer prurido em explorar essa riqueza. A notícia de que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está licitando sete novos campos exploratórios no Amazonas e um total de 162 em todo o Brasil prova isso.Sabe-se pouco sobre o potencial da província de Silves – fato perfeitamente compreensível, diante dos fortes interesses econômicos em torno do assunto –, que parece se localizar na direção de Manaus. Mas os boatos são de que se trata de campo igual ou maior que o de Urucu.Seja como for, a proximidade da capital, o fato de se localizar praticamente às margens da AM-010, a carência de gás do país e a instabilidade do fornecimento da Bolívia recheiam esses campos de atração.Com o gasoduto Coari-Manaus às portas, o excelente desempenho do Pólo Industrial de Manaus (PIM) e a agressividade da construção civil, tudo aponta para um futuro melhor do amazonense.O Amazonas só precisa agora distribuir melhor a riqueza, em seu imenso território. O dinheiro da arrecadação de impostos e dos royalties, usado com sabedoria, se transformará em excelente alavanca para a indústria do turismo, especialmente na faceta ecológica, o ecoturismo, construindo uma infra-estrutura eficiente.O interior não pode continuar vivendo à base de postos médicos. Precisa de hospitais capazes de fazer o atendimento terciário, inclusive cirurgias neurológicas. Isso é básico para o turista asiático, especialmente do Japão, norte-americano e europeu, onde está o naco mais atraente dessa indústria.Petróleo e gás têm uma maldição, segundo a qual nenhum grande país produtor consegue atingir o desenvolvimento pleno. Mas eis que surgiu Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, contrariando tudo isso e atingindo o patamar de espetáculo mundial do crescimento.Não custa tentar.
sábado, setembro 20, 2008
Ouro negro
O petróleo parece mesmo ser a nova fronteira econômica do Brasil. Depois da descoberta da província petrolífera do pré-sal, no litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, o governo federal parece ter perdido qualquer prurido em explorar essa riqueza. A notícia de que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está licitando sete novos campos exploratórios no Amazonas e um total de 162 em todo o Brasil prova isso.Sabe-se pouco sobre o potencial da província de Silves – fato perfeitamente compreensível, diante dos fortes interesses econômicos em torno do assunto –, que parece se localizar na direção de Manaus. Mas os boatos são de que se trata de campo igual ou maior que o de Urucu.Seja como for, a proximidade da capital, o fato de se localizar praticamente às margens da AM-010, a carência de gás do país e a instabilidade do fornecimento da Bolívia recheiam esses campos de atração.Com o gasoduto Coari-Manaus às portas, o excelente desempenho do Pólo Industrial de Manaus (PIM) e a agressividade da construção civil, tudo aponta para um futuro melhor do amazonense.O Amazonas só precisa agora distribuir melhor a riqueza, em seu imenso território. O dinheiro da arrecadação de impostos e dos royalties, usado com sabedoria, se transformará em excelente alavanca para a indústria do turismo, especialmente na faceta ecológica, o ecoturismo, construindo uma infra-estrutura eficiente.O interior não pode continuar vivendo à base de postos médicos. Precisa de hospitais capazes de fazer o atendimento terciário, inclusive cirurgias neurológicas. Isso é básico para o turista asiático, especialmente do Japão, norte-americano e europeu, onde está o naco mais atraente dessa indústria.Petróleo e gás têm uma maldição, segundo a qual nenhum grande país produtor consegue atingir o desenvolvimento pleno. Mas eis que surgiu Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, contrariando tudo isso e atingindo o patamar de espetáculo mundial do crescimento.Não custa tentar.
quarta-feira, setembro 17, 2008
Candidatos se unem em Coari para combater aliado de Adail
Adail foi indiciado em 37 crimes pela Polícia Federal (PF), em junho deste ano, na operação ‘Vorax’. Ele é apontado pela PF como líder de uma quadrilha que desviou mais de R$ 30 milhões, só em sonegação de impostos, além de comandar um esquema de exploração sexual infanto-juvenil e uma milícia armada.
A PF, também denunciou Rodrigo Alves à Justiça, como membro do esquema de corrupção. Rodrigo chegou a ficar preso por 43 dias.
Mitouso admitiu que pediu apoio de Ossias e Lobo no início deste ano para aumentar as chances dele de concorrer com a estrutura de campanha montada pelo candidato de Adail e Braga. “Temos consciência de que o Rodrigo usa a máquina administrativa para tentar se eleger, além de ter forte apoio político. Se eu ficasse isolado, não teria chances de vencer”.
Vice na chapa de José Lobo, Evandro Moraes, também diz que a disputa isolada com Rodrigo é totalmente inviável. “O atual prefeito e o vice da cidade já deram provas de que usam o dinheiro público em causa própria. Com nossa união, teremos mais chances de combater esse grupo”, afirmou.
Ossias Jozino disse acreditar que a eleição de Coari está ‘ganha’ para Mitouso. Para ele, a junção das três candidaturas irá atrair grande parte dos eleitores, gerando mais de 50% dos votos. “Juntos (Mitouso, José Lobo e Ossias), acreditamos que venceremos essas eleições. Não vai ter máquina (administrativa) que nos impeça. Isso porque o povo de Coari está cansado dessa opressão imposta pelo grupo do atual prefeito, e quer mudança”, afirmou.
Ontem à tarde, Mitouso, Ossias e José Lobo se reuniram em Manaus para fechar a aliança. No início da noite, Mitouso e Ossias desembarcaram em Coari, onde anunciaram a união dos grupos, durante uma carreata.
O deputado José Lobo, que era esperado para o evento em Coari, permaneceu em Manaus. Segundo Evandro Moraes, todos as pessoas que apoiavam a candidatura do deputado estavam na carreata de Mitouso.“Agora, os eleitores que estavam do meu lado e de José Lobo apóiam Mitouso, assim como os eleitores de Ossias. Isso ficou claro na carreata de hoje (ontem)”, disse Moraes.
A reportagem tentou entrar em contato com o deputado, mas o telefone dele permaneceu desligado durante todo a tarde e noite de ontem.
Em Coari, o comentário entre os novos aliados de Mitouso é de que José Lobo tem receio de se mostrar contrário a Rodrigo Alves, porque teme perder o cargo de deputado na Assembléia Legislativa do Estado (ALE), que pertence ao deputado Eron Bezerra (PCdoB). Eron e o PCdoB apóiam o candidato a prefeito de Manaus e vice-governador Omar Aziz (PMN), que tem apoio do governador.
Outra hipótese para o ‘silêncio’ de Lobo, apontada pelo novo grupo de oposição a Rodrigo Alves, é de que o deputado não estava tendo o devido apoio do PCdoB na campanha, porque concorria com o candidato de Braga e Adail.
O presidente estadual do PCdoB, Antônio Levino, negou a falta de apoio a Lobo. Segundo ele, a renúncia do deputado foi discutida e acertada pelo partido. “A PF já apontou que a prefeitura usa os cofres públicos para a corrupção. A luta contra esse sistema seria desigual para José Lobo, que não tem tantos recursos para a campanha”, disse.
terça-feira, setembro 16, 2008
Além do gás, Coari agora é pólo amazônico em ensino
COARI, AM – O município de Coari, distante 370 quilômetros de Manaus, torna-se um pólo na área da educação. Com cerca de 65 mil habitantes, a cidade se destaca por produzir petróleo e gás natural, na plataforma da Petrobrás em Urucu. |
domingo, setembro 14, 2008
Coari com novas vagas a estudantes
Foram inaugurados dois blocos do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em Coari, destinados aos cursos de enfermagem, nutrição, fisioterapia, biotecnologia e licenciaturas duplas em matemática/física e química/biologia.
Os prédios têm, juntos, 11 salas de aula, 14 laboratórios, sala de material de multimídia, salas de professores, diretoria e coordenação, biblioteca, auditório com 200 lugares, área de convivência e cantina. Até o fim da implantação do campus, estima-se um total de 1,2 mil vagas de ingresso.
No Amazonas, um dos maiores problemas enfrentados pela população é a questão geográfica. O deslocamento de uma cidade a outra raramente é feito por rodovias; o barco é o meio de transporte mais comum. “Aqui não é como outras cidades, em que as pessoas conseguem morar numa cidade e estudar em outra, indo de ônibus ou carro”, afirma o professor Fábio Maciel, coordenador do curso de fisioterapia.
“Antes do campus em Coari, a opção dos jovens do centro amazonense era parar os estudos depois do ensino médio. Pouquíssimos iam para Manaus, única opção de ensino superior público até então. Hoje, recebemos em Coari alunos, inclusive, de municípios vizinhos, como Tefé e Codajás”, relata.
O estudante George de Almeida veio de mais longe. Ele largou o emprego que tinha em Roraima e se mudou com a esposa para o Amazonas, só para estudar fisioterapia no campus de Coari da Ufam, o único que oferece o curso na região Norte.
AM arrecada R$ 73 milhões com Urucu
O balanço divulgado a cada dois meses pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostra que o aumento da produção consolidada até o primeiro semestre tem se refletido fortemente na arrecadação.
O Amazonas é o terceiro maior produtor de barris de petróleo equivalente (boe) - que reúne a produção de petróleo e gás natural - do País, segundo o balanço de julho da Petrobras, com uma grande diferença em relação aos grandes produtores da região marítima, na plataforma continental. O Estado somou 109.4 mil boe por dia, superado pelo Espírito Santo 165,2 mil boe diários e pelo Rio de Janeiro com 1,6 milhão de boe por dia. A produção do Amazonas ficou dividida em 50,7 mil barris diário de petróleo e 9,3 mil metros cúbicos de gás natural, em julho.
Quando o gasoduto Coari-Manaus for concluído a Petrobras vai fornecer 5,5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, conforme o contrato de fornecimento com a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e a Manaus Energia. A primeira é a concessionária da distribuição do combustível no Estado e segunda detém a concessão para a geração e distribuição de energia elétrica e a principal consumidora, pois vai substituir o óleo diesel pelo novo combustível 60% mais barato e menos poluente.
Do total arrecadado, cerca de 30% ficam com os estados e outros 30% com municípios. Do restante, a Marinha recebe 15%, o Ministério da Ciência e Tecnologia 12% e o Fundo Especial outros 8%.
Diário do Amazonas - 14/09/2008