Alemanha treina hackers para guerra do futuro
O futuro da guerra pode estar na internet, e países como a Alemanha já começam a formar seus próprios hackers. Uma reportagem da revista alemã Der Spiegel mostrou como o exército do país está treinando seus soldados para batalhas eletrônicas.
À medida que os computadores se tornam mais presentes em todos os aspectos das nossas vidas, eles ficam muito mais suscetíveis a ataques, o que tem sido uma proeucupação crescente para governos, agências de inteligência e oficiais militares em todo o mundo. Para estar preparado para qualquer "emergência eletrônica", como ataques em redes e servidores, o exército alemão começou a montar sua linha de frente para as guerras digitais há três anos.
O General Friedrich Wilhelm Kriesel, 60, responsável pela Unidade de Reconhecimento Estratégico do Exército Alemão, foi destacado para coordenar uma equipe de 76 soldados que, isolados em uma pequena cidade da Alemanha, se ocupam em testar novos métodos de infiltração, manipulação e exploração - e até destruição - de redes de computadores. O nome soa inofensivo, como observa a Spiegel: Departamento de Informação e Operações em Redes Computacionais.
Os 76 "guerreiros digitais" são, na maioria, formados pelos departamentos de ciência da computação do próprio exército. A equipe deve começar suas operações oficialmente em 2010, quando fará um ataque simulado a um alvo real - conhecido como teste de penetração.
Os soldados usam os mesmos métodos aplicados por criminosos. Eles aprendem a instalar software malicioso em computadores, sem o conhecimento de seus usuários, via e-mail, mídias externas como CD-ROM ou simplesmente por meio de sites na internet. Esse tipo de programa, também conhecido como malware, permite roubar dados sigilosos e senhas.
O foco do treinamento da equipe de Kriesel são os ataques botnet ou DoS (Denial of Service), baseados em ataques reais acontecidos na Estônia e na Geórgia. Em 2007, uma onda de ataques deixou a Estônia temporariamente offline, atingindo computadores do governo, de bancos e partidos políticos. A Geórgia foi alvo de ataques semelhantes no ano passado, mas acompanhados da invasão física de tropas russas.
Enquanto não lutam com inimigos reais, os soldados hackers enfrentam um adversário difícil, informou a Spiegel: as leis alemãs. A preparação de sabotagem computacional é proibida no país desde 2007. Se os cibersoldados começarem a testar seus ataques, diz a revista, eles estarão infringindo a lei. A pena pode chegar a 10 anos de prisão.
Não são apenas os alemães que estão se preparando para ameaças digitais. Segundo a Spiegel, os americanos planejam investir bilhões de dólares em um programa nacional de ciberdefesa. Militares ocidentais estão certos de que seus inimigos vêm do Leste, especialmente da Rússia e da China. Um relatório submetido recentemente ao congresso americano alertou para a expansão agressiva da China nessa área, o que pode dar ao país asiático muita vantagem em relação aos Estados Unidos em uma situação de conflito.
A Alemanha já teve uma amostra do potencial da China há dois anos, quando detectou diversos ataques partindo de servidores chineses contra computadores de ministros e da chancelaria alemã, com o objetivo de obter informações sigilosas por meio de software malicioso.
À medida que os computadores se tornam mais presentes em todos os aspectos das nossas vidas, eles ficam muito mais suscetíveis a ataques, o que tem sido uma proeucupação crescente para governos, agências de inteligência e oficiais militares em todo o mundo. Para estar preparado para qualquer "emergência eletrônica", como ataques em redes e servidores, o exército alemão começou a montar sua linha de frente para as guerras digitais há três anos.
O General Friedrich Wilhelm Kriesel, 60, responsável pela Unidade de Reconhecimento Estratégico do Exército Alemão, foi destacado para coordenar uma equipe de 76 soldados que, isolados em uma pequena cidade da Alemanha, se ocupam em testar novos métodos de infiltração, manipulação e exploração - e até destruição - de redes de computadores. O nome soa inofensivo, como observa a Spiegel: Departamento de Informação e Operações em Redes Computacionais.
Os 76 "guerreiros digitais" são, na maioria, formados pelos departamentos de ciência da computação do próprio exército. A equipe deve começar suas operações oficialmente em 2010, quando fará um ataque simulado a um alvo real - conhecido como teste de penetração.
Os soldados usam os mesmos métodos aplicados por criminosos. Eles aprendem a instalar software malicioso em computadores, sem o conhecimento de seus usuários, via e-mail, mídias externas como CD-ROM ou simplesmente por meio de sites na internet. Esse tipo de programa, também conhecido como malware, permite roubar dados sigilosos e senhas.
O foco do treinamento da equipe de Kriesel são os ataques botnet ou DoS (Denial of Service), baseados em ataques reais acontecidos na Estônia e na Geórgia. Em 2007, uma onda de ataques deixou a Estônia temporariamente offline, atingindo computadores do governo, de bancos e partidos políticos. A Geórgia foi alvo de ataques semelhantes no ano passado, mas acompanhados da invasão física de tropas russas.
Enquanto não lutam com inimigos reais, os soldados hackers enfrentam um adversário difícil, informou a Spiegel: as leis alemãs. A preparação de sabotagem computacional é proibida no país desde 2007. Se os cibersoldados começarem a testar seus ataques, diz a revista, eles estarão infringindo a lei. A pena pode chegar a 10 anos de prisão.
Não são apenas os alemães que estão se preparando para ameaças digitais. Segundo a Spiegel, os americanos planejam investir bilhões de dólares em um programa nacional de ciberdefesa. Militares ocidentais estão certos de que seus inimigos vêm do Leste, especialmente da Rússia e da China. Um relatório submetido recentemente ao congresso americano alertou para a expansão agressiva da China nessa área, o que pode dar ao país asiático muita vantagem em relação aos Estados Unidos em uma situação de conflito.
A Alemanha já teve uma amostra do potencial da China há dois anos, quando detectou diversos ataques partindo de servidores chineses contra computadores de ministros e da chancelaria alemã, com o objetivo de obter informações sigilosas por meio de software malicioso.
Redação TERRA.