A presidente Dilma
Rousseff determinou ao Ministério de Minas e Energia, à Casa Civil e à
Eletrobras prioridade absoluta e imediata para resolver os apagões e
racionamentos de energia na capital e no interior do Amazonas.
Com
investimentos de aproximadamente R$ 600 milhões, este ano, Dilma quer
que até à Copa do Mundo, Manaus não esteja mais queimando óleo
combustível e que tenha uma energia interligada ao sistema nacional ou
de ciclo combinado de gás natural, ou seja, que Manaus tenha energia
limpa.
Essa determinação foi transmitida ontem pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ao senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
O
cronograma com as ações e investimentos em energia elétrica no Estado
serão apresentados amanhã ao governador Omar Aziz pela direção da
Eletrobras e Amazonas Energia.
A entrega das obras está prevista
para o final de 2012 porque o sistema tem que estar implantado no ano
seguinte. Essa é a ordem de Dilma Rousseff, de acordo com Gleisi.
“Para
nós, essa prioridade da presidente Dilma muda o patamar de discussão
dentro do próprio Ministério de Minas e Energia. A ordem é que o
Amazonas tenha energia de qualidade, em abundância, mais abarata e
ambientalmente correta”, comemorou Eduardo Braga ao deixar o Palácio do
Planalto.
Em Manaus, será implementada uma nova usina de ciclo
combinado a gás de 600 mega watts, novas subestações e um anexo de
distribuição de alta tensão de 130 kV a 240 kV. S “Isso vai resolver o
problema de superaquecimento e subdimensionamento dos sistemas de
energia de toda a cidade”, explica Braga.
As usinas do Seringal
Mirim, Cidade Nova, Ponta do Ismael/Aparecida, Distrito Industrial e
subestação Jaraqui serão ampliadas e incorporadas ao sistema
complementar de energia. As demais subestações serão novas com um
cronograma de entrega até dezembro do ano que vem.
No “pacote
energético” de Dilma também consta a entrega, até 2013, da linha de
transmissão que interligará o Amazonas ao restante do País, por meio da
usina de Tucuruí, no Pará.
De acordo com o senador Eduardo Braga,
de todo o projeto, ficará de fora apenas a parte que vai beneficiar a
implementação da indústria de potássio e silvinita em Nova Olinda,
Autazes e regiões adjacentes, que será feita por meio de uma linha de
transmissão, ligando esse sistema ao de Santo Antônio e Jirau, em Porto
Velho/Rondônia.
Na avaliação de Braga, esse conjunto de
investimentos previstos para 2011 traz soluções de curto, médio e longo
prazos para os apagões e racionamentos em Manaus.
Ele diz que há
necessidade de reformar, melhorar e ampliar a rede elétrica que é muito
antiga assim fazer o redimensionamento dos circuitos que acontecerão
quando forem inauguradas as subestações o que levará à diminuição da
sobrecarga de energia.
Municípios vão receber 96 geradoresOs
municípios do interior do Amazonas também estão incluídos no mega
projeto de energia elétrica da Eletrobras e Amazonas Energia.
Informações
repassadas ontem ao senador Eduardo Braga dão conta que a partir de
setembro até fevereiro de 2012 serão instalados 96 grupos geradores, com
80 MW, e 67 usinas termelétricas nos municípios amazonenses somente nas
áreas urbana.
Nas comunidades rurais, pelo Programa “Luz para
Todos”, será implantando um programa-piloto uma usina hidrelétrica que
não é movida por queda d’água, mas por correnteza de rio, a chamada
“energia cinética” que por meio de um bulbo entra em funcionamento.
“Vai ser feito um teste, um projeto-piloto entre o final deste ano e
início do ano que vem. Se esse sistema aprovar, será uma solução
fantástica para muitas das nossas comunidades”, disse Braga.
O
projeto de implantação das usinas movidas a gás está em andamento nos
Municípios de Caapiranga, Codajás, Anori e Anamã. Somente os projetos de
Coari e Manacapuru estão fora do cronograma da transmissão de energia a
gás.
TransformadoresA Eletrobras e
Amazonas Energia estão fazendo análises em um centro de pesquisa
tecnológica (Cefel) para verificar se os transformadores utilizados na
cidade de Manaus são danificados por sobrecarga ou por defeitos de
fabricação. Se constatado problema de fábrica, haverá substituição
imediata dos equipamentos.
Fonte:
ACrítica