Por Ana Célia Costa
Ruas esburacadas e lixo nas esquinas. Assim podemos descrever muitas áreas da cidade de Coari (a 370 km de distância de Manaus, no Amazonas). A terra do ouro negro sofre com o descaso das autoridades que já receberam mais de 300 milhões de reais em royalties da Petrobrás, mas pouco fizeram pelo bem estar da população.
Aos turistas que chegam a Coari somente lhes sobra como opção de lazer passear de “voadeira”, tomar banho no rio, comer peixe assado na Feira Belarmino Albuquerque ou passear de moto. Apesar de tudo os coarienses são bem amáveis e tratam bem o visitante.
Essas são as principais riquezas da cidade que todos podem ter acesso porque a qualidade de vida por receber os royalties da Petrobrás não é a realidade. Há problemas explícitos porque o lixo compete espaço com as pessoas. A orla da cidade é tomada pela sujeira, onde pessoas pobres e cachorros também disputam esse espaço.
Aos finais de semana, o principal lazer é um aparelho de som ligado no bar ou nas casas. Não há uma programação cultural, como por exemplo, cineclubes e apresentações de teatro. A população “inventa” formas de se distrair já que o governo municipal não oferece opções.
Para onde vai o dinheiro do orçamento de Coari? A cidade poderia estar em ótimas condições em todos os setores, mas hoje ainda passa por muitas necessidades.
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Ana Célia Costa, Aluna especial do Mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Formada em Jornalismo e aluna do 3 período de Letras Língua Inglesa pela mesma instituição. Atualmente é repórter do jornal Amazonas em tempo.