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domingo, dezembro 24, 2006

As Peneiras da Sabedoria



Um homem aproxima-se de seu Mestre e lhe diz:
- Mestre, vou lhe contar o que disseram do João...
O Mestre, com sua infinita sabedoria, responde:
- Calma, José. Antes de me contares algo que possa ter relevância, te pergunto: Já fizeste passar a informação pelas Três Peneiras da Sabedoria?
- Peneiras da Sabedoria? Não. Elas não me foram mostradas – argumentou José.
- Sim José. Só não te ensinei porque não era chegado o momento. Porém, escuta-me com atenção: Tudo que te disserem de outrem, deve passar antes pelas Peneiras da Sabedoria e, na primeira delas, a da Verdade, eu te pergunto:
- Tens certeza de que o que te contaram é realmente verdadeiro?
Meio sem jeito, José replicou:
- Bem. Realmente não tenho certeza. Sei apenas o que me contaram...
O Mestre continuou:
- Então, se não tens certeza, a informação vazou pelos furos da primeira peneira e repousa na segunda, que é a Peneira da Bondade. Pergunto:
- Trata-se de algo que gostarias que falassem de ti?
- De maneira alguma, Mestre. Evidente que não!
- Então se trata de algo que passou pelos furos da segunda peneira e jaz nas cruzetas da terceira e última peneira. Realizo, portanto, a derradeira pergunta:
- Achas mesmo necessário passar adiante essa estória sobre teu irmão e companheiro?
- Não. Mestre. Absolutamente! Respondeu José.
- Então, disse o sábio, ela acaba de vazar os furos da Peneira da Necessidade, perdendo-se na imensidão da Terra. Não sobrou nada para contar.
- Entendi, querido Mestre. Doravante somente as boas palavras terão caminho em minha boca.
Finalizou o sábio:
- És agora um Mestre completo. Volta ao teu povo. Afinal, terminaste o aprendizado. Lembra-te sempre, todavia: As abelhas, construtoras do Criador, nas imundícies dos charcos, buscam apenas as flores para sua laboriosa atividade, enquanto as nojentas moscas buscam, em corpos sadios, as chagas e feridas que as mantém vivas.

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