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segunda-feira, junho 18, 2007

Graciema está presa

Dona Maria Graciema, no último dia 14,
durante o velório das filhas e neta


A polícia prendeu na noite de sábado a dona-de-casa Maria Graciema Holanda, 38, por suposta participação no seqüestro das próprias filhas Adelaide Soares Holanda, 20, e Maria Adriana, 15, bem como da neta Raíssa Vitória, de um ano e meio, e da babá da criança, Marcela Santos, 16. Elas foram encontradas mortas no dia 8 deste mês e enterradas no chão de um quarto de uma estância na rua Chaves, Santo Agostinho, Zona Oeste, que era alugado por Antônio dos Santos Soares, 25, o "Toni", preso no último sábado como principal suspeito dos crimes.

A informação sobre a prisão de Graciema foi confirmada pela promotora de Justiça Tereza Cristina, que participou da tomada de depoimento de Toni, o qual teria afirmado que a dona-de-casa estava envolvida no seqüestro e na morte das filhas, da neta e da babá, sumidas desde fevereiro. O corpos foram descobertos, por acaso, no último dia 8, durante investigações realizadas pela polícia na estância de propriedade de Isabel Martins, assassinada na manhã desse mesmo dia - crime supostamente encomendado pelo casal Sara Forganes e Cristiano Mascarenhas. Estes dois também foram presos no último sábado, numa ação empreendida pelo major Clécio Sales, da 14ª Companhia Interativa a partir do depoimento de Toni.
Detalhe da prisão

Graciema foi presa no início da noite do último sábado na Delegacia Geral, situada no bairro do Dom Pedro, Zona Centro-Oeste, para onde tinha ido com o marido, o comerciante Francisco Humberto Holanda, a fim de "conversar" com Toni. Mas a polícia, que já tinha tomado depoimento de Toni, e sabia das declarações dele contra a dona-de-casa, estaria de posse de um mandado de prisão expedido contra ela, deteve-a e a encaminhou à Delegacia Especializada em Homicídios e Seqüestros (DEHS).

Trama

Informações obtidas pela reportagem de A CRÍTICA sobre o depoimento de "Toni" dão conta de que ele acusou Maria Graciema de ter conhecimento de tudo desde o princípio. Ele teria dito em depoimento que fora dela a idéia do seqüestro, pois, um dia, a dona-de-casa deparou-se com um comunicado de um banco informando que Humberto Holanda tinha uma determinada quantia aprovada para empréstimo e ficou interessada no dinheiro do marido - que ontem fechou o comércio que mantém no bairro do São Raimundo, Zona Oeste, e não foi encontrado pela reportagem.

Toni também teria dito que as filhas de Graciema sabiam da trama do suposto seqüestro, da qual só a babá não tinha conhecimento. Ainda segundo a versão repassada A CRÍTICA, ao descobrir a trama, a babá ameaçou denunciar todos à polícia. Teria sido aí que Toni e um homem cujo primeiro nome é Wilke, mais conhecido como "Maluco", resolveram matar as três mulheres e a criança. Por estrangulamento, conforme já atestou parcialmente a perícia do Instituto Médico Legal nos cadáveres. Toni matou a babá, na sala. Quando as irmãs Adelaide e Adriana viram a babá morta, tentaram fugir. Adriana se trancou no banheiro, onde Toni entrou e a matou. Quando ele retornou à sala, Maluco já havia matado Raíssa e Maria Adelaide. A data oficial em que isso ocorreu a perícia do IML dirá em relatório conclusivo.

Após praticar os crimes, em companhia de Maluco, Toni teria ligado para dona Graciema para dizer que as coisas haviam saído erradas e que as filhas dela, a babá e a neta estavam mortas. Em seguida, passou a ameaçá-la também, cobrando a sua parte no acerto da trama. Apavorada, ela passou a comentar com vizinhos que estaria sendo ameaçada por Toni e a falar para o marido de sonhos que estava tendo com caixões, nos quais suas filhas e neta apareciam mortas

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