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A cidade de Coari, a que mais recebe royalties do petróleo e gás natural na Amazônia, vai ter nova eleição depois que o prefeito, o vice-prefeito e o presidente da Câmara Municipal foram cassados por abuso de poder político e econômico.
A eleição está marcada para o próximo dia 20. Diante do clima tenso entre os candidatos, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou o envio de tropas do Exército, além de agentes da Polícia Federal, para garantir a segurança do pleito.
Coari (370 km a oeste de Manaus) tem 67 mil habitantes. Nos últimos seis anos recebeu R$ 305 milhões em royalties da Petrobras. Há três meses, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amazonas bloqueou as contas da prefeitura e da Câmara para garantir a segurança financeira e administrativa da cidade devido à cassação do prefeito, Rodrigo Alves (PP).
O ex-prefeito Adail Pinheiro (PMDB) foi declarado também inelegível por abuso do poder político e econômico. Líder do grupo político de Alves, Adail é acusado de desvio de recursos de royalties, formação de quadrilha e prostituição infantil. Ele nega as acusações.
Dois dos candidatos que concorrem às eleições, José Lobo (PC do B) e Manuel Lima (PMN), foram secretários de Obras na gestão de Adail.
Presidente do pleito, o juiz Flávio Freitas requisitou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para acompanhar eleição em Coari em razão da animosidade política entre as coligações.
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