Na cidade de Coari, a ligação do bairro Chagas Aguiar com o bairro do Pêra é feita a partir de uma ponte de madeira que atravessa um braço do lago de Coari. A extensão da ponte é de pouco mais de 200 metros e é utilizada por milhares de coarienses que diariamente se deslocam de um lado para outro dos bairros. São moradores do Pêra que vão ao Centro de Coari, resolver problemas nas instituições públicas, fazer compras na feira e mercado, pagar contas e sacar dinheiro nos bancos, receber benefícios e resolver problemas diversos. Por outro lado, vários profissionais se deslocam ao Pêra para executar seus trabalhos: são professores das redes municipal e estadual, funcionários dos Correios, da área de saúde, da Justiça Eleitoral, do Tribunal de Justiça, da Promotoria de Justiça, da Polícia Militar e Civil, da companhia de abastecimento de água, e tantos outros profissionais que diariamente atuam no bairro.Para chegar ou sair do Pêra o risco de morte acompanha os moradores de Coari nas duas formas na travessia do lago:
A forma mais usada pelos usuários é a ponte, por ser de graça, mas que pode desabar a qualquer momento.
A travessia pela ponte é feita a pé, mas alguns motoqueiros se aventuram em atravessar a ponte dirigindo suas motocicletas;
A outra forma é a utilização das catraiais (canoas rabetas) ao custo de 1 real, mas sem colete salva-vidas.
A precariedade da chamada ‘ponte’ assusta àqueles que a conhecem pela primeira vez. É inimaginável a existência de um artefato de madeira como a ponte do Pêra, sendo utilizado sem nenhuma restrição ou impedimento dos órgãos públicos na cidade.
A fragilidade da chamada ponte é evidenciada (mais ainda) quando confirmamos que realmente há uma divisão em duas partes na ponte: uma fixa, aparentemente fincada ao chão; e outra móvel, uma espécie de maromba, boiando sobre as águas do rio Coari. As duas partes são emendadas por cordas e podem ser divididas se algum barco precisar cruzar a ponte.
As fotos abaixo mostram um barco cruzando a ponte. Para tanto, a ponte é dividida ao meio,
...afastando uma das partes enquanto o barco passa de um lado a outro, e depois a partir de uma corda, os lados são unidos novamente.
Enquanto acontece a divisão da ponte para a travessia do barco, os usuários aguardam de cada um dos lados sem nenhuma segurança, e aparentemente sem nenhuma noção do perigo.
A união da ponte é, também, algo inacreditável.
Tentamos contato com a Prefeitura de Coari através do e-mail prefeito@coari.am.gov.br disponível no site da prefeitura mas não obtivemos resposta.
A prefeitura vem sinalizando em seu portal sobre a construção de nova ponte do Pêra. Por outro lado, na TV local (TV Coari, retransmissora da Rede Amazônica de Televisão), há um mês vem sendo veiculada campanha publicitária do Governo do Estado com o slogan “Amazonas da Gente” em que a cidade de Coari é citada em ações do Governo do Estado. Na campanha, que é veiculada em várias chamadas diárias na programação emissora, além de exibições de obras e serviços em várias áreas como educação, saúde, infra-estrutura, geração de emprego e renda, a construção da ponte do Pêra é exibida como uma obra do Governo Estadual, mas sem esclarecer se haverá qualquer parceria com a prefeitura.
A localização do bairro do Pêra é semelhante a do município de Silves. Silves é uma ilha, já o bairro do Pêra é isolado dos demais bairros pelo rio Coari, mas ao fundo a extensão territorial prossegue com a floresta até encontrar de um lado outros bairros (mas sem acesso por ruas ou estradas, só floresta) e de outro o Rio Solimões.
As comparações do bairro do Pêra com a cidade de Silves ficam apenas na semelhança com uma ilha. Enquanto Silves oferece serviços de turismo ecológico com razoável estrutura hoteleira, programação específica com passeios por lagos e florestas, o bairro do Pêra sofre com problemas básicos de infra-estrutura: a imagem abaixo mostra o lixo que é jogado diretamente no lago de Coari.
Em breve mais notícias sobre o Bairro do Pêra, sua história e demais aspectos importantes, além do álbum de fotos do bairro.
A precariedade da chamada ‘ponte’ assusta àqueles que a conhecem pela primeira vez. É inimaginável a existência de um artefato de madeira como a ponte do Pêra, sendo utilizado sem nenhuma restrição ou impedimento dos órgãos públicos na cidade.
A fragilidade da chamada ponte é evidenciada (mais ainda) quando confirmamos que realmente há uma divisão em duas partes na ponte: uma fixa, aparentemente fincada ao chão; e outra móvel, uma espécie de maromba, boiando sobre as águas do rio Coari. As duas partes são emendadas por cordas e podem ser divididas se algum barco precisar cruzar a ponte.
As fotos abaixo mostram um barco cruzando a ponte. Para tanto, a ponte é dividida ao meio,
A união da ponte é, também, algo inacreditável.
A prefeitura vem sinalizando em seu portal sobre a construção de nova ponte do Pêra. Por outro lado, na TV local (TV Coari, retransmissora da Rede Amazônica de Televisão), há um mês vem sendo veiculada campanha publicitária do Governo do Estado com o slogan “Amazonas da Gente” em que a cidade de Coari é citada em ações do Governo do Estado. Na campanha, que é veiculada em várias chamadas diárias na programação emissora, além de exibições de obras e serviços em várias áreas como educação, saúde, infra-estrutura, geração de emprego e renda, a construção da ponte do Pêra é exibida como uma obra do Governo Estadual, mas sem esclarecer se haverá qualquer parceria com a prefeitura.
A localização do bairro do Pêra é semelhante a do município de Silves. Silves é uma ilha, já o bairro do Pêra é isolado dos demais bairros pelo rio Coari, mas ao fundo a extensão territorial prossegue com a floresta até encontrar de um lado outros bairros (mas sem acesso por ruas ou estradas, só floresta) e de outro o Rio Solimões.
As comparações do bairro do Pêra com a cidade de Silves ficam apenas na semelhança com uma ilha. Enquanto Silves oferece serviços de turismo ecológico com razoável estrutura hoteleira, programação específica com passeios por lagos e florestas, o bairro do Pêra sofre com problemas básicos de infra-estrutura: a imagem abaixo mostra o lixo que é jogado diretamente no lago de Coari.
Fonte: www.viagensenegocios.com.br
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