Segundo o irmão de Antônio Walcione, o também mototaxista Francisco Alberlane Fialho Bandeira, os tiros foram disparados por Fabrizio, por volta de 1h. Francisco disse que presenciou a morte do irmão. Ele afirmou que estava trabalhando no transporte de passageiros, quando foi abordado por agentes do Detrac, em frente ao Clube ‘Coari Show’, sob a alegação de que ele não tinha permissão para trabalhar. “Foi quando chegou o Fabrízio na Kombi do Detrac, se exaltando, dizendo que tinha poder de polícia para prender qualquer um dos ‘Brasileirinhos’ (associação de mototáxi) e foi logo atirando e me acertou na perna”, disse o mototaxista.
O irmão Antônio Walcione, que estava próximo ao local, soube do ocorrido e foi ‘tomar satisfações’ com os agentes do Detrac. “Houve muita confusão e o Fabrízio se achava soberano. Quando meu irmão foi tomar satisfações, o Fabrízio acertou dois tiros covardemente no peito, matando ele na hora. Eu não sei que permissão o Fabrízio tinha de trabalhar armado”, disse Francisco.
O presidente da Associação de Mototáxi ‘Brasileirinhos’, Abrahim Lima, cunhado de Antônio Walcione, disse que, apesar de a associação ter um salvo-conduto expedido pela juíza da 1ª Vara da Comarca de Coari, Sheyla Jordana de Sales, liberando os associados para trabalhar, os mototaxistas vêm sendo perseguidos e presos pelos agentes do Detrac. “É porque fazemos oposição ao prefeito Adail Pinheiro que a decisão da juíza não vem sendo respeitada. Os mototaxistas da associação Brasileirinhos já foram presos 31 vezes e 150 jalecos (de identificação da associação) foram apreendidos”, afirmou Abrahim.
No velório de Antônio, cartazes pediam justiça e também responsabilizavam os agentes de trânsito do Detrac pela morte do mototaxista. “Quando fomos à polícia saber se o Fabrízio já tinha sido detido, nos disseram que não podiam fazer nada”, disse o irmão da vítima, Waldiney Jander Fialho.
De acordo com o investigador da 10ª Delegacia Regional de Polícia Civil (10ª DRPC), Jorge Souza, o diretor do Detrac, Fabrízio Alves de Oliveira, suspeito de ter matado o mototaxista Antônio Walcione Fialho Bandeira, é considerado foragido e está sendo procurado pela polícia. “Temos uma equipe desde as 4 h da manhã de hoje (ontem), mas ainda não sabemos do paradeiro do Fabrízio”, disse o investigador.
Guardas
Esse é o segundo caso de homicídio envolvendo guardas municipais de Coari. No final do ano passado, o comerciário Eliney Ferreira Mendes, foi assassinado, teve o corpo queimado e jogado em uma área de mata fechada. Cinco guardas municipais, suspeitos de participar do crime estão presos aguardando julgamento.
A reportagem tentou falar com o secretário municipal de Comunicação, Daniel Maciel, mas ele não foi localizado. O secretário municipal de Defesa Social (Semdec), de Coari, Francisco Dirinho, disse que só hoje poderia se pronunciar sobre o caso.
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Há uma semana
com muita comoção e revolta que sinto por minha cidade estar assim , fui um dos moto-taxi dos brasileirinhos trabalhava com diguinidade mais sempre perseguido pelo fabricio , muita revolta pelo meu amigo e companheiro de farda que foi cruelmente morto por esse crapula , hoje nao moro mais em coari , estou com 60 dias que me mudei para São Paulo mais acompanho as noticias da minha cidade que amo infelismente so tenho lido sobre corupsao e agora sobre esse asassinato , meu pesar a familia e um abraso aos meus companheiros de farda dos BRASILEIRINHOS. ASS. JORGE LUIZ
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