Antonio Menezes |
Em Coari, cidade com a segunda arrecadação do Estado, violência fez mais uma vítima fatal por motivo fútil |
Manuella Barros
Da equipe de A CRÍTICA
Uma rixa entre os mototaxistas da Associação Brasileirinho de Coari (a 330 quilômetros de Manaus) e a direção do Departamento de Trânsito do Município (Detrac) terminou em morte e uma pessoa ferida na madrugada de ontem.
O motoqueiro Antônio Walcione Bandeira, 23, foi atingido com dois tiros, um no tórax e outro no braço, de revólver calibre 38, disparados pelo diretor do Detrac na cidade, identificado apenas como Fabrizio. No final da tarde de ontem, segundo familiares da vítima, a polícia teria invadido a residência onde ocorria o velório para retirar cartazes em protesto pela morte.
O crime aconteceu por volta das 3h, quando a vítima, acompanhada do irmão Francisco Alderlane Bandeira, 26, e mais dez companheiros de trabalho, foi abordada durante uma blitz. Segundo as testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, Fabrizio teria ordenado que os irmãos lhe entregassem as chaves e capacetes da moto, o que resultou numa confusão generalizada entre os funcionários do Detrac e os motoqueiros, armados com pedaços de madeira, que apareceram para ajudar o mototaxista Walcione.
“Foi então que o Fabrizio puxou a arma e atirou na perna esquerda de Francisco Alderlane. Ao ver o irmão caído no chão, a vítima partiu para cima do diretor e levou dois tiros”, contou o investigador Souza.
Souza informou que desde 5h de ontem, duas equipes da Polícia Civil de Coari estão à procura de Fabrizio, que está foragido. Conforme o irmão da vítima, Carlos Bandeira, ao contrário do que foi dito pelos funcionários da delegacia à reportagem de A CRÍTICA, nenhuma providência foi tomada porque a polícia não atende a família.
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