A deputada federal Vanessa Grazziotin pediu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que investigue a conduta de magistrados do Amazonas e de Brasília em relação ao vazamento de informações sobre processos envolvendo o prefeito de Coari, Adail Pinheiro.
De acordo com a deputada, a ação foi protocolada no CNJ no fim da semana passada. “Ele (Adail) tem um aparato de proteção em Brasília e em Manaus, porque sempre consegue paralisar os processos que existem contra ele”, afirmou. Segundo a deputada, muitos processos são sigilosos, mas mesmo assim o prefeito de Coari consegue obter informações privilegiadas e tomar providências antecipadas para se defender. “A casualidade acontece, mas não se repete. É estranho ele não estar em Coari durante as prisões da operação ‘Vorax’”, declarou.
Grazziotin afirmou que não citou nomes ao CNJ, de magistrados ou membros do Judiciário suspeitos de repassar informações sigilosas a Adail Pinheiro. Vanessa disse que tomou a decisão de pedir as investigações depois que soube do possível vazamento de informações da operação ‘Vorax’, deflagrada no último dia 20 de maio, e que prendeu 23 pessoas ligadas ao prefeito. As investigações da PF apontam Adail como o líder de um esquema de desvio de verbas públicas, fraudes em licitações, sonegação fiscal e prostituição infantil.
A deputada também acrescentou que foi ela quem fez a primeira denúncia contra Adail Pinheiro na Justiça, pela falta de repasse dos descontos referentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dos professores de Coari. “Quando ele ia ser afastado, conseguiu uma liminar na Justiça que o manteve no cargo”. Vanessa Grazziotin afirmou que não é normal que em todos os processos ele não seja punido.
MPF
O procurador da república Marcos André Carneiro da Silva, responsável pelas investigações da operação ‘Vorax’ no Ministério Público Federal (MPF), informou, por meio da assessoria de comunicação, que vai analisar todos os dados dos vinte volumes do inquérito, antes de dar o parecer sobre o pedido de prisão preventiva de 17 envolvidos. A assessoria informou que não existe um prazo pré-determinado para que o MPF dê o parecer, mas divulgou que o procurador vai usar o tempo que for necessário para fazer sua análise.
Segundo o MPF, Marcos André Carneiro já é o quarto procurador responsável pelo inquérito. A assessoria divulgou que as trocas não atrapalham as investigações. No último dia 30 de maio, o juiz da 2ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Seção Judiciária do Amazonas, Márcio Luiz de Freitas, não apreciou o pedido de prisão preventiva de 17 envolvidos na operação ‘Vorax’ porque faltava o parecer do MPF.
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