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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Deputado pede apuração contra Adail

Praciano lembra que Adail já foi
condenado pelo TSE por compra de votos


O deputado federal Francisco Praciano (PT) promete solicitar da Controladoria Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal uma investigação nas contas da prefeitura de Coari (a 370 km de Manaus). Conforme publicou A CRÍTICA, na edição de ontem, o prefeito da cidade, Adail Pinheiro (PMDB), é acusado por um grupo de seis vereadores e ex-colaboradores de usar notas fiscais "frias", que somariam R$ 719.253,87.


A denúncia do uso irregular de notas fiscais frias, que teria como objetivo justificar gastos da prefeitura, é encabeçada pelo vereador e presidente da Câmara Municipal de Coari, José Wilson Cavalcante (PFL). Ele garantiu que, com a ajuda de seis, dos dez parlamentares da Casa Legislativa, vai criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suposto desvio de recursos da Prefeitura.


A emissão de notas fiscais da microempresa Miguel Soares de Souza será o alvo da investigação. A empresa pertence ao ex-motorista do ex-vice-prefeito de Coari, Jurandy Aires da Silva. Conforme dados constantes nas 136 notas fiscais entregues por José Wilson à reportagem, as vendas fantasmas ocorreram entre outubro de 2002 a março de 2005.


Praciano, que assumiu uma vaga na Câmara Federal há cinco dias, lembrou que Adail Pinheiro já foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por prática de compra de votos, nas eleições de 2002, chegando, inclusive, a renunciar ao cargo de prefeito em 2004, para não tornar-se inelegível - artifício que o levou a concorrer no pleito daquele ano. "Além disso, ele ainda foi flagrado pela Polícia Federal com uma mala com mais de R$100 mil reais, na cidade de Tefé, nas eleições de 2006, juntamente com o vereador Ari Moutinho e o vice-prefeito, Luis Rodrigues", comentou o parlamentar.O deputado petista disse que vai fazer uma fiscalização de todos os convênios e repasses dos recursos da União para as cidades do Amazonas, para que sejam de fato bem aplicados, diminuindo a corrupção que existe nas administrações das cidades. Praciano disse que em todas as cidades do Amazonas que foram fiscalizadas pela CGU, desde 2003, foram encontradas irregularidades na aplicação dos recursos provenientes de convênios.

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