Da redação*
O prefeito de Coari, Arnaldo Mitouso, confirmou hoje (7) que realmente está ocorrendo atraso no pagamento de salário de servidores públicos do município . "Mas não é de três meses e somente em algumas secretarias", explicou o prefeito. Mitouso afirmou ainda que deve pagar os salários atrasados até o próximo dia 12 de novembro, data em que espera receber repasse de recursos federais.
O prefeito está incomodado com as críticas que tem recebido e o protesto de servidores e disse que gostaria que alguns fatores fossem levados em consideração antes de julgarem sua administração. Mitouso argumenta que encontrou as finanças do município sem qualquer receita e uma dívida de R$ 82 milhões com o INSS, quando assumiu em outubro no ano passado. O prefeito estranha o caixa zerado diante de uma arrecadação que, segundo ele, foi de R$ 127 milhões de janeiro a outubro de 2009. “Quando assumi, a Prefeitura foi notificada por apropriação indébita de recursos federais, acionada para que pagasse imediatamente parte da dívida de INSS, se não haveria punições legais. Enquanto isso o financeiro da Prefeitura ficou engessado, não se podia tirar certidões negativas, sem elas não se prestava contas e sem prestar contas não se podia celebrar novos convênios e não se recebe recursos de espécie alguma”, conta Mitouso.
Segundo o prefeito, os servidores estavam há quatro meses sem pagamento, inclusive o setor de saúde e educação, com alunos sem aula há três meses e os fornecedores estavam sem pagamento há mais de seis meses, afetando serviços como coleta de lixo e transporte escolar.
Segundo o prefeito, os servidores estavam há quatro meses sem pagamento, inclusive o setor de saúde e educação, com alunos sem aula há três meses e os fornecedores estavam sem pagamento há mais de seis meses, afetando serviços como coleta de lixo e transporte escolar.
Arnaldo Mitouso ressaltou que sofreu ainda uma queda na arrecadação do município, de cerca de R$ 50 milhões, por causa da redução de repasse de ICMS do Estado para o município - que, por decisão judicial, passou a ser recolhido para o município de Manaus -, diminuição nos valores dos royalties com queda nos preços do petróleo e ainda diminuição na arrecadação de ISS da Prefeitura, já que várias empresas saíram do município ao final da instalação do gasoduto. "Basta ter conhecimento que na época de administrações anteriores a arrecadação mensal atingiu R$ 22 milhões de reais e hoje gira em torno de R$ 13 milhões. Me deparei com um comprometimento de 50% da arrecadação com folha de pagamento do funcionalismo, mesmo estando dentro dos limites da Lei de Responsabilidade, esses valores comprometeram as finanças do município. Não nego, resisti em fazer mudanças, sensibilizado pela questão do desemprego de pais de família, mas o administrador tem que infelizmente agir com a razão”, comenta Mitouso, apontando que a atual insatisfação que se instalou no município se dá também pelo fato de já ter ocorrido 30% de cortes nos cargos comissionados e pela previsão de continuar havendo redução de gastos com funcionalismo, como corte nas gratificações.
DenúnciasO prefeito denunciou que nas administrações anteriores, cabos eleitorais foram contratados de forma irregular, pela Prefeitura, para atuar em campanhas dos mandatários. "Todo mês perdemos mais de R$ 200 mil em pagamentos de causas trabalhistas. Para piorar, deixaram de repassar o dinheiro da Câmara de Coari, os vereadores foram para a Justiça e a conta caiu no meu colo em R$ 1,7 milhão”, diz o prefeito abrindo o jogo. “E os mesmos que deixaram Coari em ruínas, agora insuflam o povo contra essa administração", disse o prefeito.
Entre os "insufladores", Mitouso cita o deputado federal Sabino Castelo Branco. "Mas a população deu a resposta pra ele nas urnas. Foi vergonhosamente derrotado, porque o povo não é bobo e sabe que o que eles menos querem é o bem do município", disse o prefeito
*Com informações da Assessoria de Comunicação de Coari
Fonte: ACrítica
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