Eles alegam que existem pontos na ocasião da morte do prefeito Odair Carlos Geraldo, ocorrida há 16 anos, que merecem ser revistos
Os
advogados do prefeito de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), Arnaldo
Mitouso, condenado nesta terça-feira a oito anos de prisão em regime
fechado pela morte do então prefeito Odair Carlos Geraldo e a perda do
mandato após transitado em julgado o processo, entrarão com embargos de
declaração no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) sob a alegação de
“omissão de decisão”. O crime ocorreu há 16 anos. Cabe recurso da
decisão.
A
justificativa é que foram desconsiderados pela relatora do processo,
desembargadora Maria das Graças Encarnação, alguns pontos que “merecem
ser revistos”, segundo a assessoria de Mitouso. Entre eles, o de “que
Mitouso estava sendo agredido por inúmeras pessoas e que levou dois
tiros (na ocasião da morte de Odair). Ele também poderia ter morrido.
Onde estão aqueles que deram os tiros? Ninguém respondeu ou pagou por
isso”, questionam os advogados do prefeito. Washington Magalhães e
Keneddy Monteiro.
Eles
também apontam que a relatoria “elegeu prova de conveniência” quando
somente relatou testemunhas de acusação, pessoas que eram ligadas à
vítima, inimigos políticos de Mitouso. “Como a desembargadora aceita o
testemunho do sr. Haroldo, que faz acusações aleatórias sem apontar uma
prova sequer por exemplo, mas nem cita o depoimento do Sr. Romão, que
também era ligado ao prefeito Odair, mas que inocenta Mitouso ao contar
que recolheu uma cápsula de bala disparada da arma de Mitouso,
constatada como um revólver calibre 32?, questionam os advogados.
Eles
lembram que o prefeito Odair foi morto por tiros de revólver calibre
22. E acrescentam: “Em nenhum momento foi levado em consideração o que
se chama juridicamente de presunção de inocência”.
Eles
ressaltam que, segundo a relatora, Mitouso, depois do tiroteio já
estava “em segurança” detido por policiais, mesmo assim agiu com
violência e entrou no carro de polícia armado, dando a entender ainda
que Mitouso teria sumido com o revólver. “No processo está bem claro que
Mitouso estava ferido por dois tiros, que foi detido por dois policias e
três seguranças do então prefeito Odair, eles tiraram a arma de
Mitouso. Há depoimento no processo que um desses seguranças, de nome
Aldir, foi visto colocando algo no porta luvas do carro após ter
participado da detenção de Mitouso”, esclarecem os advogados.
Fonte: acritica.uol.com.br
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