Moara Cabral - Jun 23
|08:47
O
promotor de Justiça, Fábio Braga Monteiro, responsável pela
Coordenadoria de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado
(Cao-Crimo), do Ministério Público do Estado (MPE-AM), finalizou o
relatório com o resultado da investigação realizada em março no
município de Coari (a 362 quilômetros de Manaus) e encontrou diversas
irregularidades na administração do prefeito Arnaldo Mitouso (PMN).
As informações serão entregues, até segunda-feira (25), ao procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz.
Segundo Monteiro, em todos os processos licitatórios investigados
foram detectadas falhas. Em um contrato de R$ 9 milhões, a empresa tinha
uma única lancha para prestar serviço para todo o município, mas no
processo de licitação constava que ela possuía 292 lanchas.
“O empresário que ganhou a licitação era servidor de cargo
comissionado da prefeitura, portanto não poderia participar do certame”,
esclareceu Monteiro.
No contrato de locação de máquinas pesadas firmado pela prefeitura
com o valor acima de R$14 milhões, também foram encontrados atos
irregulares. De acordo com o relatório técnico do Tribunal de Contas do
Estado (TCE) a empresa não tinha capacidade técnico-financeira para
concorrer e, mesmo assim, foi a única no certame e saiu vencedora.
Fábio Monteiro também apresentou uma irregularidade encontrada pela
equipe na emissora de rádio do município (rádio Cidade de Coari), que
tem 90% de sua folha paga pela prefeitura. “O dono da rádio confirmou
que os funcionários são da prefeitura, prestando serviços na rádio”,
afirmou o coordenador.
Outra irregularidade detectada foi no cadastramento do programa do
governo federal, “Bolsa Família”. Segundo o coordenador do Cao-Crimo,
estavam cadastradas, até o momento em que a equipe esteve na cidade, 16
pessoas com o sobrenome Mitouso e diversas pessoas com sobrenomes de
políticos e empresários da cidade.
Fonte: Em Tempo
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários são Moderados: