Os R$ 6,8 milhões em espécie apreendidos pela Polícia Federal em uma casa abandonada em Coari mostram o nível chegou a corrupção naquele município, cuja principal riqueza é a exploração do petróleo. Integrantes da quadrilha desbaratada na operação ‘Vorax’ chegavam a sacar, de uma só vez, no Banco do Brasil até R$ 1 milhão. O esquema de Coari revela também o quanto é falha a estrutura de fiscalização e controle da aplicação dos recursos públicos. O desvio do dinheiro da Prefeitura de Coari poderia ter sido identificado pelo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf), que obriga os bancos a informar qualquer saque superior a R$ 100 mil feito pelos seus clientes. Essa norma não foi cumprida, prolongando a sangria em Coari. A quadrilha que agia em Coari e suas frentes de atuação já eram de conhecimento público. Foi preciso a interferência do senador Jefferson Péres (PDT) e do deputado federal Francisco Praciano (PT) junto ao Ministério Público Federal, para que as denúncias fossem investigadas. A inércia dos órgãos fiscalizadores só contribui para a escalada da corrupção no Brasil. O caso de Coari é micro se comparado às denúncias de irregularidades e malversação de recursos na administração do governador Eduardo Braga. O pagamento de R$ 18 milhões por obras não realizadas (‘obras fantasmas’) é apenas uma das inúmeras irregularidades do governo estadual. Mesmo assim, o que prevalece é a morosidade no processo investigatório. A lentidão da Justiça resulta, invariavelmente, em impunidade. Não há desculpas plausíveis, apenas revela-se a notória displicência que envolve os Poderes Constituídos. A conta, por fim, é paga pelo cidadão que perde a oportunidade de ter serviços públicos mais eficientes e de qualidade.
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